Há alguma contradição entre Jesus e Paulo no tratamento de nossos familiares? ICP Responde


Há alguma contradição entre Jesus e Paulo no tratamento de nossos familiares? ICP Responde


Lemos em Mt 10.37: Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim. Contudo, lemos em 1Tm 5.8: Mas, se alguém não tem cuidados dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel.

Alguns já usaram essas palavras de Jesus para abandonar suas famílias em prol de alguma obra cristã. Outros se tornaram negligentes para com seus familiares. Então devemos entender o que o Senhor estava dizendo - estaria Jesus justificando a negligência para com a família quando se trabalha em alguma atividade cristã?

Antes de considerarmos essa resposta, vejamos uma outra passagem onde Ele ensina cuidar dos familiares: Vós, porém, dizeis: Se um homem disser a seu pai ou a sua mãe: Aquilo que poderias aproveitar de mim é Corbã, isto é, oferta para o Senhor, então, o dispensais de fazer qualquer coisa em favor de seu pai ou de sua mãe, invalidando a palavra de Deus pela vossa própria tradição, que vós mesmos transmitistes; e fazeis muitas outras coisas semelhantes - (Mc 7.11-13).

Algumas pessoas que faziam votos ao Templo sentiam-se desobrigadas, segundo a tradição dos fariseus, de cuidar de seus pais. O Senhor Jesus afirmou claramente que isso conflitava com a Palavra de Deus! Semelhantemente, o Apóstolo Paulo ensinou que os familiares necessitados deveriam ser sustentados pelos crentes, conforme lemos em 1Tm 5.8: mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel.

Então qual é o ensino em Mt 10.37? Aqui está implícito o grau de amor. Não devemos amar mais os familiares do que Jesus. Isto inclui obediência aos seus ensinos. Um discípulo de Cristo pode muito bem sustentar financeiramente seus pais e outros familiares, e ainda assim amar mais a Jesus, ao rejeitar os falsos ensinos que eventualmente seus familiares ainda defendem. Por exemplo, o cristão pode e deve auxiliar seus pais financeiramente, contudo, não ouvi-los em questões de crenças idolatras. Dessa maneira, ele cumpria a ordem de cuidar dos familiares e seguiria a Cristo, amando-o sobre todas as coisas. E futuramente poderia ganha-los através do procedimento - 1Pe 3.1.

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