Então, arrependeu-se o SENHOR de haver feito o homem sobre a terra (Gn 6.6) - ICP Responde


Então, arrependeu-se o SENHOR de haver feito o homem sobre a terra (Gn 6.6) - ICP Responde

Mormonismo e Ceticismo. Questionam a imutabilidade divina descrita na Bíblia (Nm 23.19; Ml 3.6; Tg 1.17), visto que o texto sagrado identifica arrependimento na conduta de Deus. Que a alegação divina ("arrependeu-se o Senhor") não condiz com a natureza perfeita e presciente pretendida pela teologia bíblica.

Resposta apologética: O versículo em estudo refere-se à tristeza de Deus por conta da má índole do homem (v. 5). Aqui, temos uma figura de linguagem (antropopática), para o entendimento humano, que indica que Deus se contristou pela desobediência do homem. De modo algum, está querendo dizer que Deus cometeu erros. Em Números 23.19, o sentido da palavra de Deus, ao contrário da palavra dos homens, se cumpre. Em Jeremias 18.7-10, lemos: "No momento em que falar contra uma nação, e contra um reino para arrancar, e para derrubar, e para destruir, se a tal nação, porém, contra a qual falar se converter da sua maldade, também eu me arrependerei do mal que pensava fazer-lhe". O texto mostra que se o homem se arrepender, Deus não lhe enviará o mal anunciado. Não se trata de um arrependimento igual ao que os seres humanos sentem ao cometer erros. Deus não erra, logo, seu "arrependimento" não é igual ao nosso. Devemos reconhecer que o Deus soberano e imutável sabe lidar apropriadamente com as mudanças no comportamento humano. Quando os homens pecam, ou quando pecam e se arrependem, o Senhor Deus muda seu pensamento, abençoando ou punindo, de acordo com a nova situação (Êx 32.12, 14; 1Sm 15.11; 2Sm 24.16; Jr 18.11; Am 7.3-6).

Assim, a expressão "arrependeu-se o Senhor" está no real sentido de mudança de atitude, e não passa de uma indicação de que a atitude de Deus para com o homem que peca é necessariamente diferente da atitude desse mesmo Deus para com o homem que lhe obedece. Um exemplo prático e perfeitamente aplicável vislumbra-se na experiência do profeta Jonas (Jn 3.4-10), quando o plano de Deus, motivado pelo imutável critério de justiça divina que devastou Sodoma, era a ruína de Nínive, dominada pela extrema malícia de seus habitantes. A opção pela obediência, motivada pela fé dos ninivitas mediante a pregação de Jonas, levou Deus a uma mudança de atitude. Ou seja, a uma aplicação correta (em termos divinos) de sua justiça, mostrando que o Senhor sabe lidar apropriadamente com as mudanças de comportamento dos homens. Em confrontação com o arrependimento humano, revela-se o contraste, porque o homem que se arrepende muda seus critérios e valores e, conseqüentemente, de atitude. Mas com Deus é diferente. Embora Ele mude de atitude, jamais altera seus critérios. E essa é uma de suas características na qual se encontra estampada sua imutabilidade.

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